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Veja o que mudou na nova versão do Windows – por Fernando Panissi

Posted in Informática, Software with tags , , , , , , , on 20/01/2009 by Vitor Arb

No início do ano,a Microsoft disponibilizou para download uma versão de testes do Windows 7, que será lançada para substituir o Windows Vista.

Eu gosto de testar novidades, e não poderia deixar de lado o Windows 7. Instalei e observei o sistema ao por cerca de 7 dias, para trazer as impressões sobre o que virá por ai com este novo sistema.

A primeira impressão é de simplicidade, pois a instalação é totalmente automática. As únicas informações que forneci foram os dados de região, como meu idioma e tipo de teclado e também a senha desejada para acesso ao sistema.

Feitas estas configurações, o sistema é carregado. A interface lembra bastante o Windows Vista, com ícones grandes, porém a barra de iniciar está bem diferente.

Como podemos ver acima, em uma montagem (a área de trabalho foi cortada ao meio, para facilitar a visualização) os ícones ficaram bem grandes, e a barra mudou também.

O que me chamou a atenção foi o famoso botão iniciar, que perdeu sua principal característica e praticamente “deixou” de ser um botão. Agora, ele não tem nenhuma diferenciação para os atalhos da direita. A única diferença é que, ao passar o mouse sobre os ícones, o iniciar recebe um efeito de cores, enquanto os demais atalhos recebem um contorno que os caracteriza como botões. Ao clicar no iniciar, o menu de contexto que surge é idêntico ao menu do Vista.

Outra mudança, que precisará ser revista pois pode confundir o usuário, é a forma com que o Windows 7 trata a barra de inicialização rápida e os programas por ela abertos.

Repare na imagem ao lado, com o Internet Explorer aberto, e depois minimizado. O Windows Vista usa o mesmo ícone da inicialização rápida para mostrar o navegador aberto, quando minimizado, o destaque é muito sutil.

Exceto por esta impactante mudança na barra do iniciar, não existem grandes diferenças visuais entre o Vista e o Windows 7.

Agora, no quesito desempenho, a Microsoft quer mudar sua imagem, e promete um sistema operacional mais leve e rápido. Durante a CES 2009, feira de tecnologia que foi realizada recentemente nos EUA, a Asus mostrou um netbook – computadores super portáteis, com baixo desempenho – que será vendido com o Windows 7, assim que ele for lançado oficialmente, o que deve ocorrer em 2009.

A Windows Vista é pesado a ponto de não rodar neste tipo de equipamento, os requisitos mínimos de hardware são superiores aos presentes nos netbooks. Caso o Windows 7 realmente rode neles, será um grande avanço da Microsoft, que vem perdendo terreno para o Linux neste segmento de computadores.

Para se ter uma noção, a imagem abaixo mostra o gerenciador de tarefas do Windows 7 e do Vista. Ambos sem qualquer programa aberto e com uma instalação padrão do Sistema. Notem que o consumo de memória do Vista é mais que o triplo do Windows 7.

Windows Vista consome mais memória que seu sucessor.

Instalei o Windows 7 através de uma máquina virtual, que é o uso de um software que permite instalar outro sistema operacional e executá-lo simultaneamente.

Reservei a ele memória de 1 GB de memória RAM, HD de 40 GB e um dos núcleos de meu processador. Esta configuração de hardware é modesta e fica perto das máquinas mais populares vendidas atualmente, e o Windows 7 não deixou a desejar. Consegui executar tarefas corriqueiras, como: navegação, uso de editores de texto e de jogos que acompanham o sistema.

Segundo informações da Microsoft, divulgadas durante a CES, o Windows 7 vai executar tudo que o Vista roda e de forma mais rápida. Eles prometem também que o programa contará com um sistema mais inteligente de gerenciamento de energia, o que garantirá maior autonomia nos portáteis, e por fim, que o Windows 7 será mais estável que a o Vista com Service Pack 1. Se ele vai cumprir tudo isto, só o tempo dirá.

Estas promessas da Microsoft para seu novo sistema são uma mostra de novos tempos para a companhia. Até hoje, as sucessivas versões do sistema operacional vêm ficando cada vez mais pesadas, exigindo cada vez mais hardware para que o usuário tenha uma experiência satisfatória ao usar o PC.

As constantes reclamações dos usuários quanto à necessidade de hardware, aliadas ao expoente mercado de netbooks certamente fez a empresa repensar seu sistema.

A preocupação com o desempenho fica evidente ao vermos o novo gerenciador de tarefas, mais complexo, com diversas opções avançadas, como o monitor de recursos, que exibe detalhes do uso do processador, memória, disco e rede. Abaixo a imagem mostras os detalhes do uso de memória.

Uso de memória detalhado, exibindo informações do total em uso, total de memória livre e também a
memória que está sendo modificada naquele momento.

Algumas funcionalidades de desempenho e segurança do sistema são:

Application Crash Resiliency – Ferramenta que irá monitorar quando os aplicativos travam, gravando o contexto do sistema que os levou a travar, modificando o contexto de uso para evitar novos travamentos pelo mesmo motivo.

Problem Steps Recorder – Quando ativo, grava os passos executados antes de um travamento, apresentando um relatório para identificação de possíveis pontos de falha, ajudando o usuário a evitar travamentos.

Outra questão importante é com relação aos controladores de placas e periféricos. A Microsoft está buscando junto aos fabricantes mecanismos para atualizar estes aplicativos direto pelo Windows Update. Isso evita que o usuário tenha o trabalho incômodo de fazer buscas pela internet atrás de versões mais atuais, além de corrigir de forma mais rápida e eficiente possíveis problemas em uma determinada versão.

Outro recurso prometido que já pode ser testado por quem tem monitores touchscreen – seja em notebooks ou em desktops – é a possibilidade de interagir com o sistema por meio do toque na tela, com recursos semelhantes aos vistos no iPhone. A Microsoft explorou bem este conceito no Surface.

Apesar de ser uma versão de testes, o sistema parece bastante estável. Claro que não fiz um uso excessivo dele, porém parece estar em um bom caminho. A Microsoft tem pelo menos um ano pela frente para adicionar recursos e aprimorar os que foram propostos. Minha opinião é de que teremos em 2010 uma boa opção de sistema operacional, mais voltado ao desempenho e a segurança.

Fernando Panissi é especialista em tecnologia e internet, formado em Sistemas de Informação com extensão em gestão. É professor universitário e ministra cursos de extensão em desenvolvimento de sistemas.

Fonte: G1